segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Por que minimizam a maior tragédia ecológica ocorrida no Brasil?

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O Brasil vive a sua maior tragédia ecológica da história. Algo comparável 
ao que ocorreu em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, ou em Fukushima, 
em 2011. O leito do Rio Doce, a maior reserva de água do planeta, 
está sendo contaminado por metais pesados. E mais: o mar de lama, que 
devastou um povoado matando sabe-se lá quantas centenas de pessoas 
e animais, segue em direção ao litoral do Espírito Santo destruindo o 
que vê pela frente. Mas por que ninguém se importa com isso? Por que a 
velha mídia finge que nada aconteceu? Leia artigo do jornalista Rogério Godinho.
MARIANA E A LAMA – CRIME E SILÊNCIO!
Água do Rio Doce fica mais escura e indica que lama está perto do ES. O trabalho da Defesa Civil, em conjunto com os municípios, continua! O nível do Rio Doce aumentou 40 cm com a chegada da água turva que vem antes da lama de rejeitos. Uma equipe está sobrevoando Baixo Guandu para acompanhar em tempo real a chegada da onda e então suspender o abastecimento na cidade. Carros-pipa já foram enviados para o município.
“Vou dar a medida da encrenca. O que está acontecendo no Rio Doce é 
pior do que a soma dos piores desastres ambientais dos últimos 30 anos. 
Algodões, Camará, Macacos, os três rompimentos de Cataguases 
(2003, 2007 2009) até Itabirito no ano passado. Por qualquer critério 
disponível, seja extensão ou volume de rejeitos.
Repito: o que está acontecendo é pior do que a soma de todos eles. São 62 
bilhões de litros de uma lama impregnada de metais que vai chegar até o litoral 
do Espírito Santo. Sem contar que o rejeito – pela presença do ferro – está 
cimentando (mesmo!) diversas partes do rio. E estamos falando da mais importante 
bacia hidrográfica dentro da Região Sudeste. Sentiu o problema?
No que se refere a mortes, ainda não sabemos, até porque a Samarco 
(a Vale!) fechou a região das barragens e não dá informação nenhuma. Isso 
também é inédito: a empresa responsável e que precisa ser investigada é a 
única a ter acesso ao local do crime. Mas sabemos que são centenas de 
pessoas desaparecidas. Só em Bento Rodrigues, metade dos moradores 
não conseguiu sair a tempo. Sem contar os milhares de animais mortos.
Imagine uma longa estrada de destruição. Visualize. Peixes, vacas, cavalos, 
cachorros, tudo que estava na frente. Até ninhos de tartarugas lá na foz do 
rio estão removendo para tentar salvar antes que a lama chegue.
Mais inédito do que tudo isso é o absoluto desinteresse da mídia. No primeiro 
dia, os jornais deram uma pequena e ridícula chamada na primeira página. 
No segundo dia, o assunto sumiu.
Este é o nosso vazamento de óleo do Golfo México, nosso vazamento da
 Exxon no Alasca, nosso Fukushima.
Mas quem se importa?”
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