segunda-feira, 17 de março de 2014

Rivaldo anuncia aposentadoria e chora: carreira foi milagre


Acumulando as funções de presidente e jogador do Mogi Mirim, o pentacampeão Rivaldo 
anunciou neste sábado o fim de sua carreira.

O meio-campista postou uma mensagem nas redes sociais na qual agradece ao apoio 
recebido ao longo dos 24 anos de carreira.

Com a imagem, o agora ex-jogador divulgou uma foto com os olhos inchados ao chorar no
 anúncio aos jogadores do Mogi Mirim e escreveu um longo texto. Com lágrimas nos olhos 
hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, 
pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a 
todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim. Somente 
tenho que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos. Foram muitos 
os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções, porém foram muito maiores 
as alegrias, as conquistas, crescimentos, mudanças.

Algumas vezes ensinando outras aprendendo, mas nunca perdi meu foco, sempre com 
dedicação, determinação e direção de Deus. Nesta longa jornada, muitas pessoas 
passaram pela minha vida, alguns por um período, outros amigos que permanecem 
até hoje. Construí minha carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista, sem 
nenhum recurso financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiar, desacreditado
 por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade. Com persistência, 
dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a ser reconhecido como 
melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial, entre muitos outros títulos
 importantes na história do futebol.

Entre troféus, medalhas, premiações e títulos , em uma terra onde tudo se consome, 
deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que
 vale a pena crer e lutar. " Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros 
porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura 
muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre". 1 Corintios 9:25

Do Santa Cruz ao pentacampeonato

O agora ex-meia tem 41 anos e deu adeus aos gramados após dois jogos em 2014 pelo 
Mogi Mirim. Revelado pelo Santa Cruz em 1990, o defendeu chegou ao próprio 
Mogi em 1992. Comandado por Oswaldo Alvarez, o time daquele ano contava com o 
trio Rivaldo, Valber e Leto, chegando ao terceiro lugar do Campeonato Paulista com o
 chamado “Carrossel Caipira”.

Fonte Terra

Rivaldo viveu auge com a camisa do Barcelona  Foto: Getty Images
Rivaldo viveu auge com a camisa do Barcelona 
Foto: Getty Images

Depois de uma passagem discreta pelo Corinthians entre 1993 e 1994, Rivaldo reforçou 
o arquirrival Palmeiras, alcançando o título brasileiro de 1994 – justamente diante dos 
corintianos – e o paulista de 1996. Deixou o Parque Antártica para atuar no futebol 
espanhol, ajudando o La Coruña a alcançar o terceiro lugar no Campeonato Espanhol 
1996/1997.



No final daquela temporada, trocou o clube galego pelo Barcelona, no qual alcançou suas
 maiores glórias na carreira. Até deixar o Camp Nou em 2002, foram dois títulos do 
Campeonato Espanhol (1997/1998 e 1998/1999), uma Copa do Rei (1998) e uma 
Supercopa da Europa (1997). Protagonista do gigante catalão, o pernambucano foi 
escolhido pela Fifa o melhor jogador do mundo no ano de 1999.

Foi em 2002, seu último ano de Barcelona, que Rivaldo conquistou seu principal título na 
carreira: a Copa do Mundo. Camisa 10 da Seleção Brasileira, ele foi um dos destaques do 
time comandado por Luiz Felipe Scolari. Quatro anos antes, o meia havia sido 
vice-campeão mundial, na Copa do Mundo vencida pela França em casa.

Ao deixar o Barcelona em 2002, Rivaldo iniciou uma trajetória por diversos clubes, sem
 o mesmo protagonismo: Milan (2002 a 2004), Cruzeiro (2004), Olympiakos 
(2004 a 2007), AEK Atenas (2007 a 2008), Bunyodkor-UZB (2008 a 2010), São Paulo
 (2011), Kabuscorp-ANG (2012) e São Caetano (2013). Em 2014, atendendo a um apelo 
antigo da torcida, voltou ao Mogi para disputar o Campeonato Paulista. Ali, enfim, 
pendurou as chuteiras.

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